A energia solar tem fundamental importância na renovação da matriz energética brasileira. Entenda os motivos neste conteúdo.
Qual a importância da energia solar na renovação da matriz energética? O Brasil entrou na lista dos dez países que mais instalaram sistemas de energia solar no mundo em 2020, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). Esse número é relevante visto que, no ano passado, a economia teve retração em vários setores devido à pandemia.
A matriz energética brasileira vem passando por uma renovação e a fonte solar é uma das matrizes mais cotadas para essa transição. A fonte, além de ser sustentável, é acessível por grande parte das pessoas. Entenda melhor a importância dessa fonte na matriz brasileira.
Por que a matriz energética brasileira precisa de renovação?
Embora o país apresente uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo, cerca de 43% da produção de energia é proveniente de fontes de energia renováveis, o cenário ainda precisa evoluir para que o Brasil cumpra as metas acordadas no Acordo de Paris.
A matriz energética brasileira ainda é dependente de recursos fósseis, como carvão mineral, petróleo e seus derivados e gás natural. Além de não serem fontes renováveis, essas opções são responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, que elevam o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Outro ponto é que a matriz elétrica brasileira é totalmente dependente da fonte hidráulica. Cerca de 64% da energia é produzida a partir de usinas hidrelétricas. A fonte é renovável e limpa, mas o grande problema é que nesse modelo a geração de energia fica dependente do ciclo de chuvas. Nesse momento, o país sofre com uma crise hídrica que tem aumentado as contas de luz. Além disso, cerca de um quinto da energia produzida nesse modelo é desperdiçada na transmissão. Essas perdas resultam, pelo menos, 5% da tarifa paga pelo consumidor.
Por isso, a matriz energética brasileira precisa de renovação. Essa mudança trará mais segurança no abastecimento, reduzirá os custos com energia, optando por fontes limpas. De acordo com o governo federal, as hidrelétricas perderão espaço para energias renováveis, caindo para 51% de participação na matriz energética enquanto as fontes alternativas crescerão para 28%.
A importância da energia solar
Nos próximos anos, a energia solar tende a se consolidar no país como uma das fontes mais utilizadas na geração distribuída. O primeiro motivo é a abundância de incidência solar em quase todos os estados, durante todo o ano, o que facilita a captação da energia. Além disso, o modelo é mais simples e acessível do que construção de usinas eólicas e de biomassa, por exemplo.
Com o avanço da tecnologia e a diminuição dos custos, instalar um sistema solar não é mais tão caro como era no passado. O valor reduziu cerca de 90% nos últimos dez anos. Como forma de incentivar o modelo, o governo federal zerou o imposto de importação para equipamentos solares até o final de 2021. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o setor movimentou cerca de 16 bilhões de reais em investimentos em 2020 e as expectativas são de 23 bilhões em 2021.
Frente a outras opções limpas e renováveis, a matriz solar é mais simples. No caso de usinas hidrelétricas, a construção requer altos investimentos e possui um grande impacto ambiental. Já no caso da energia solar a instalação é mais barata, descomplicada e o uso é imediato após a instalação.
Apesar do ritmo acelerado de expansão, a fonte ainda tem pouca relevância na matriz elétrica, apenas 2% da capacidade instalada segundo a ANEEL. Mas com os avanços que vêm ocorrendo, tanto o governo quanto o setor estão confiantes de que a fonte vai comandar o avanço de energia renovável nos próximos anos.
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