Em 2022, o Brasil atingiu um recorde na geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa foram responsáveis por 92% da eletricidade produzida no país. Além de serem limpas e inesgotáveis, as fontes renováveis também são mais sustentáveis e ajudam na redução da emissão de gases de efeito estufa. A transição para a energia renovável é essencial para a descarbonização e a redução de impactos sociais.
O biogás é uma fonte de energia limpa e renovável que pode ajudar a reduzir a pegada de carbono. O Brasil tem um grande potencial para expandir a produção de biogás e biomethane, alcançando até 30% da demanda de gás natural doméstica. O país já tem iniciativas governamentais e privadas de financiamento para projetos de biogás, mas ainda precisa investir em infraestrutura e logística para viabilizar a geração de energia a partir da biomassa.
O que se pode esperar do mercado de biogás em 2023? O setor de biogás é um dos mais promissores do setor energético mundial e desempenha um papel fundamental na economia de muitos países. De acordo com a Agência Internacional de Energia, a geração de biogás cresceu cerca de 20% entre 2004 e 2017, e acredita-se que a tendência se mantenha nos próximos anos.
Como não há uma regulamentação exclusiva para o biogás e o biometano, historicamente, as regulações brasileiras que regem esses mercados têm mais ligação com outros combustíveis, como o etanol e o biodiesel do que ao gás natural. Isso ocorria, pois as leis que versavam sobre o gás, tratava apenas de gás natural de origem fóssil, deixando de fora outras fontes.
Em 2022, mesmo com aumento da demanda de energia em alguns países, as emissões do setor de energia devem diminuir. Os dados são do relatório de Mercado de Eletricidade da Agência Internacional de Energia (IEA), que aponta uma queda na demanda geral de eletricidade mundial de 2,4%. Assim, os valores devem puxar as emissões do setor de energia para baixo, apontando um recuo de 0,5%.