Em um mundo em constante evolução, a transição energética e a integração de práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) tornaram-se imperativos para empresas e governos. O ano de 2023 tem sido marcante nesse sentido, com avanços significativos e desafios ainda a serem superados.
O Clamor Global pela Sustentabilidade
Os impactos das mudanças climáticas são cada vez mais evidentes. Fenômenos extremos, como ondas de calor, incêndios florestais e enchentes, têm se tornado frequentes, levando a uma crescente demanda por ações concretas. A descarbonização da economia é vista como uma solução crucial, com empresas e governos sendo pressionados a adotar metas “Net Zero”.
O Papel dos Executivos Financeiros
Os CFOs, tradicionalmente focados em finanças, agora desempenham um papel crucial na transição energética. Eles são desafiados a entender as emissões de sua empresa, a eficiência energética de seus processos e os riscos associados à poluição ambiental. Além disso, devem identificar oportunidades para aumentar a eficiência energética e avaliar a confiabilidade dos indicadores de sustentabilidade.
Investimentos e Desafios
O Brasil tem visto um aumento nos investimentos em energias renováveis. O novo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) prevê investimentos significativos em transição energética, com o setor privado desempenhando um papel fundamental. No entanto, a regulação ainda é um obstáculo. A segurança jurídica é essencial para atrair investimentos, e o país ainda tem um longo caminho a percorrer para oferecer um ambiente regulatório claro e estável.
Hidrogênio Verde: A Nova Fronteira
O hidrogênio verde (H2V) emergiu como uma solução promissora para a descarbonização de setores industriais. O Brasil, com sua matriz elétrica rica em fontes renováveis, está bem posicionado para liderar a produção de H2V. Estima-se que o mercado de hidrogênio de baixo carbono será um vetor principal de crescimento da demanda elétrica no país.
A transição energética e a adoção de práticas ESG não são mais uma opção, mas uma necessidade. O ano de 2023 tem sido testemunha de avanços e desafios nesse campo. Com investimentos crescentes, inovação e colaboração entre setores público e privado, o Brasil tem o potencial de se tornar um líder global em sustentabilidade.