A busca por soluções para diminuir a pegada de carbono é um dos grandes desafios da humanidade, e o hidrogênio verde surge como uma das alternativas mais promissoras nesse sentido.
O hidrogênio verde é produzido a partir da eletrólise da água, utilizando energia renovável, como solar ou eólica, o que o diferencia do hidrogênio cinza ou azul, obtidos a partir de fontes fósseis e processos menos sustentáveis. Essa tecnologia limpa tem atraído a atenção de governos, indústrias e cientistas, que acreditam que o hidrogênio verde pode ser a chave para uma transição energética mais sustentável e eficiente.
Um dos setores que tem demonstrado grande interesse no hidrogênio verde é o da mobilidade. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), o transporte é responsável por cerca de 24% das emissões globais de CO2 relacionadas à energia. Portanto, a adoção de soluções de mobilidade sustentável é fundamental para reduzir essas emissões e combater as mudanças climáticas.
O hidrogênio verde tem potencial para ser utilizado como combustível em diversos meios de transporte, como carros, ônibus, trens e até aviões. A Toyota, por exemplo, lançou o Mirai, seu primeiro veículo movido a hidrogênio, em 2014 (3). Outros fabricantes, como a Hyundai e a Honda, também têm investido na tecnologia de células de combustível de hidrogênio.
Além disso, governos ao redor do mundo têm implementado políticas de incentivo ao uso do hidrogênio verde na mobilidade. A União Europeia, por exemplo, lançou em julho de 2020 a “Estratégia do Hidrogênio”, que prevê a instalação de pelo menos 6 gigawatts de eletrólise de água até 2024 e o desenvolvimento de uma rede de infraestrutura para abastecimento de hidrogênio.
No entanto, ainda há desafios a serem superados para que o hidrogênio verde se torne uma alternativa viável em larga escala. O custo de produção ainda é elevado, embora estudos indiquem uma tendência de redução nos próximos anos. Além disso, é necessário expandir a infraestrutura de distribuição e armazenamento do hidrogênio, bem como aumentar a eficiência das células de combustível.
Em resumo, o hidrogênio verde tem o potencial de transformar a mobilidade global e contribuir significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. À medida que a tecnologia evolui e os custos diminuem, é provável que vejamos um aumento no uso do hidrogênio verde como uma fonte de energia limpa e sustentável para o transporte.
É importante lembrar que o hidrogênio verde é apenas uma peça do quebra-cabeça da mobilidade sustentável. Outras soluções, como a eletrificação dos veículos e o desenvolvimento de biocombustíveis avançados, também desempenham um papel fundamental nessa transição.