Resíduos como fonte de energia poderiam abastecer 27 milhões de lares

Segundo a Abren, o biogás gerado a partir de detritos urbanos poderia ser um excelente recurso para a produção de eletricidade, além de contribuir para a preservação do meio ambiente.

Com 56% dos resíduos urbanos provenientes das 28 regiões metropolitanas brasileiras com mais de um milhão de habitantes, estima-se que poderiam ser fornecidas aproximadamente 27 milhões de residências com energia elétrica. Tais dados, proporcionados pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), destacam o potencial do Brasil na produção de energia elétrica a partir de resíduos sólidos.

Além disso, esta abordagem traz vantagens adicionais, como a redução da acumulação de resíduos em aterros, que afetam negativamente o solo e as águas subterrâneas devido à infiltração de chorume, e são fontes de diversas doenças. Tal método também diminui a emissão de metano, um gás que possui um efeito poluente 80 vezes maior do que o do CO2.

No entanto, o Brasil ainda tem uma jornada longa e árdua pela frente, uma vez que 40% das 76,1 milhões de toneladas de resíduos sólidos coletados anualmente ainda são depositados em aterros, conforme relatado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Um dos principais obstáculos para a geração de energia a partir de resíduos sólidos urbanos é o custo elevado da tecnologia necessária. Segundo a Abren, o investimento necessário para estabelecer uma usina de geração de energia varia de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão. Além disso, o primeiro leilão para a venda de energia conduzido pelo governo federal no último ano teve um preço considerado excessivamente alto por muitos.

A Eva Energia tem se destacado na geração de energia a partir de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil. Através do uso de tecnologia avançada e práticas sustentáveis, a Eva Energia contribui para o esforço de transformar resíduos urbanos em uma fonte de energia viável. A empresa acredita que, apesar dos custos iniciais, o investimento vale a pena, considerando os benefícios a longo prazo para o meio ambiente e a sustentabilidade energética do país.