O hidrogênio se torna uma fonte disruptiva devido às vantagens e oportunidades que traz ao mercado energético.
Nos últimos anos, a utilização do hidrogênio como fonte de energia se tornou pauta. Afinal, ele é considerado o combustível do futuro, pois é uma opção limpa e renovável.
Embora ainda esteja em desenvolvimento, acredita-se que o hidrogênio verde poderá um dia substituir os combustíveis fósseis, como o petróleo e o gás natural. Até 2050, ele poderá responder por 12% do consumo global de energia e mais de 30% do hidrogênio consumido no mundo nessa época será comercializado entre países.
O hidrogênio é utilizado com o propósito energético há um tempo, porém o modelo mais utilizado ainda não é 100% limpo. O chamado hidrogênio cinza depende da queima de combustíveis fósseis para ser obtido. Assim, a opção mais desejada, chamada de hidrogênio verde, deve ter a sua produção a partir de fontes limpas, como hidrelétrica, energia eólica ou solar.
Por que o uso do hidrogênio é considerado disruptivo?
O hidrogênio é um dos elementos químicos mais abundantes na terra e está presente em diversos locais. Porém, para utilizá-lo, é preciso extraí-lo da natureza e realizar uma série de processos para que ele seja utilizado como fonte energética.
A eletrólise, que é um dos processos utilizados para a produção do combustível, separa o hidrogênio e o oxigênio existentes na molécula de água com ajuda da corrente elétrica. Nesse caso, é preciso que a energia da corrente venha de fontes limpas para que a energia resultante seja considerada 100% limpa.
A utilização do hidrogênio como fonte de energia tem várias vantagens. Em primeiro lugar, ele é renovável. Além disso, o hidrogênio verde é uma fonte limpa. Ou seja, quando queimado, ele não libera dióxido de carbono na atmosfera. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), a substituição do hidrogênio cinza pelo verde evitaria a emissão de 830 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
Outro ponto positivo é que essa fonte é versátil, podendo ser transformada em eletricidade ou combustíveis sintéticos que atendem indústrias e o setor de transporte, que é tão difícil de descarbonizar. O hidrogênio também pode ser armazenado por longos períodos, uma vantagem frente a opções limpas, mas intermitentes.
O grande empecilho para que a fonte decole é o alto custo de produção. Cerca de 70% dos custos do hidrogênio verde são ligados à eletricidade. Portanto, o desafio é o custo dos equipamentos, que precisa reduzir. Vários países têm buscado processos mais baratos que a eletrólise para conseguir separar as moléculas. Caso o custo seja reduzido em 50%, o Conselho Mundial do Hidrogênio garante que ele será o combustível do futuro. Por isso, a solução é tão disruptiva.
O hidrogênio verde e o Brasil
Até 2021, o país ainda não tinha relevância na produção de hidrogênio verde. Porém, com o primeiro HUB da energia no complexo do Pecém, o país entrou no mapa.
Com o crescente desenvolvimento das energias eólica e solar no país, o Brasil tem grandes oportunidades no novo setor do hidrogênio verde. Mais de 90% das empresas que integram o Conselho Global de Hidrogênio e 60% dos membros-apoiadores possuem subsidiárias no país. Isso mostra como o país é cotado para se destacar nesse tipo de produção.
Entre as condições favoráveis para o Brasil, tornando o hidrogênio verde competitivo, estão todos os incentivos e as políticas do setor de energia renovável e também do setor de biocombustível. Por isso, o país é cotado como uma das principais nações para expandir essa produção, bem como o hidrogênio é considerado disruptivo por tudo que pode promover em termos de desenvolvimento e sustentabilidade.
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