Quais as perspectivas para GD em 2022?

Quais as perspectivas para GD em 2022?

ABGD projeta crescimento de até 7G na GD em 2022. Veja as perspectivas e entenda os motivos para a expansão da geração distribuída este ano.

Qual o futuro da GD em 2022? No dia 06 de janeiro de 2022, a Lei 14.300 foi sancionada proporcionando uma verdadeira mudança no mercado de geração distribuída. Segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), a lei trará segurança jurídica para os contratos e vantagens econômicas, aumentando os investimentos e adesão ao modelo.

Para a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, a lei da GD “é fundamental para que a modalidade possa continuar a se desenvolver no Brasil, mas de forma mais adequada e com menos impactos para os consumidores que permanecem no mercado regulado.”

Para esse ano, a expectativa é de que o país veja a capacidade instalada da geração distribuída dobrar. Ou seja, a ABGD acredita que dos 8,8 GW registrados pela Agência Nacional de Energia Elétrica, o segmento deve fechar 2022 chegando a 15 GW de capacidade instalada. Para grau de comparação, isso é mais do que a capacidade da hidrelétrica de Itaipu (14 GW).

Por que a GD deve crescer em 2022?

A aprovação da Lei melhora vários pontos que eram necessários para o desenvolvimento da GD em 2022. Ela facilita o acesso à rede das distribuidoras, já que agora as concessionárias têm a obrigação de indicar todas as pendências em um projeto de uma vez só. Antes, o projeto ia e voltava várias vezes, ficando inviável cumprir os prazos que a Aneel estabelece em regras.

Outro ponto sancionado pela nova lei é um período de transição. Ou seja, os usuários que solicitarem a adesão à geração distribuída até 12 meses contados da data de publicação estarão enquadrados nas regras atuais de compensação previstas na Resolução Normativa nº 482/2012 até o dia 31 de dezembro de 2045.

Para o setor, essa janela de 12 meses deve estimular uma verdadeira corrida para aqueles que querem maximizar o retorno do investimento. Mas, é esperado ainda que o crescimento se mantenha nos anos seguintes, mesmo com as mudanças de compensação. Afinal, a crise hídrica causou muitos problemas para os consumidores em 2021 e alavancou os custos com energia no mercado regulado. Em 2021, a alta acumulada com o gasto chegou a quase 25%. Para 2022, os aumentos devem permanecer e os reajustes devem chegar a 20%.

A energia limpa como futuro energético

A legislação aprovada que cria o novo marco da micro e minigeração distribuída vai trazer segurança jurídica e acelerar os investimentos em novos projetos pelo território nacional, com novos investimentos em opções limpas e renováveis.

O futuro energético passa pelo investimento em energia limpa e muitos países já sabem disso e estão estimulando investimentos para viabilizar a transição energética. Indo além dos projetos de solar e energia eólica, o Brasil tem um grande mercado a ser desenvolvido na área de GD, que são as termelétricas limpas e que usam energia renovável e também de Biogás – que utiliza biomassa vindo da suinocultura e aterros.

Embora essas fontes ainda tenham pequena relevância no cenário macro de atendimento, elas já contam com iniciativas importantes que diversificam a matriz energética, além de promover projetos com modelos sustentáveis e boa viabilidade econômica.
Portanto, é possível considerar o marco legal como o embrião para crescimento desse mercado no Brasil, como vem acontecendo em diversos países. Se você quer saber mais sobre o desenvolvimento do biogás no Brasil, leia o post no blog.

A Evolution Power Partners (EPP) faz parte do grupo Urca Energia e desenvolve projetos de usinas termoelétricas no Brasil para a geração centralizada de energia.