Este artigo analisa o papel estratégico da biomassa como pilar para a segurança e transição energética do Brasil no cenário de setembro de 2025. Embora já contribua com mais de 17 GW para a matriz elétrica, principalmente do setor sucroenergético, seu verdadeiro potencial reside na diversificação e no aproveitamento de mais de 500 milhões de toneladas de resíduos anuais do agronegócio, como palha de milho, casca de arroz e dejetos animais.
A bioeletricidade vem ganhando espaço no Brasil e já responde por 9% da oferta interna de energia elétrica, sendo o bagaço de cana-de-açúcar responsável por 75% da geração de bioenergia para a rede. Mas apesar do enorme potencial, o setor ainda enfrenta desafios regulatórios e de incentivo que limitam seu crescimento.
A tecnologia BECCS (Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono) representa uma das maiores inovações na luta contra as mudanças climáticas. Mais do que uma alternativa sustentável, essa abordagem permite remover CO₂ da atmosfera enquanto gera energia, promovendo uma verdadeira revolução na economia de baixo carbono.