Segurança energética refere-se à oferta e disponibilidade de serviços energéticos a todo momento, em quantidade suficiente com preços acessíveis.
Quais os desafios do Brasil quanto à segurança energética? O consumo anual de energia elétrica no país é de 555 TWh (Terawatt-hora), com crescimento médio nos últimos dez anos de 4% ao ano, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).
Com esse nível de demanda, a necessidade de se realizar investimentos para garantir a oferta aumenta no país. Depois do apagão de 2001 e a crise hídrica em 2021, a segurança energética virou um dos assuntos mais urgentes para o desenvolvimento do país.
O que é segurança energética?
A segurança energética está associada à garantia de energia, com preços acessíveis a todos os consumidores e a incorporação de fontes renováveis na matriz. Ou seja, a segurança energética de um país está ligada à capacidade de manutenção do abastecimento por parte do governo a toda população, livre de ameaças à geração de energia.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2020, 83% da matriz elétrica brasileira era renovável, sendo quase 66% da produção de energia advinda das hidrelétricas. Ou seja, embora a matriz seja predominantemente limpa, ela ainda não garante a segurança energética necessária por ser majoritariamente dependente de uma única fonte.
Em 2000, o Brasil passou por uma crise energética e apagão e, em 2021, devido à falta de chuvas, o país novamente precisou recorrer a outras fontes, como termelétricas para manter o abastecimento. Dessa forma, o país precisa encontrar alternativas para garantir a sua segurança de abastecimento sem depender de fontes fósseis ou a necessidade de importação de países vizinhos.
Os desafios do Brasil
De acordo com o Balanço Energético Nacional de 2020, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a oferta de energia no Brasil se divide em fontes de energias não renováveis (53,9%) e fontes de energia renováveis (46,1%).
Ou seja, embora a matriz elétrica seja limpa, o país ainda depende de fontes não renováveis para garantir a oferta interna. O gás, por exemplo, é uma fonte cotada para a transição energética, mas que ainda encontra entraves legais.
Por isso, um dos desafios que ainda impede o desenvolvimento dos setores energéticos são as regulamentações ou a falta de segurança jurídica que atraia investidores. Além disso, a falta de investimento em infraestrutura é um dos pontos que impede a segurança energética. Seja para geração, transmissão ou distribuição é fundamental ampliar as políticas públicas, além de criar projetos mais focados em eficiência energética.
Nos últimos vinte anos, o Brasil começou a diversificar sua matriz energética, principalmente com a Geração Distribuída, que permite a autoprodução de energia. Com uma produção centralizada, há menor perda energética com a transmissão.
Nesses projetos, é necessário o uso de fontes renováveis. A Urca Energia se tornou a maior produtora de biometano do Brasil com a aquisição da Gás Verde e a EVA Energia atua na geração distribuída de energia renovável para empresas de diferentes portes, oferecendo soluções sustentáveis. Gerando energia a partir de usinas próprias de biogás de aterros sanitários e suinocultura.
Indo além da segurança energética interna, com a capacidade de geração de energia limpa que o país possui, é possível que o Brasil se torne uma potência energética mundial, transformando-se em uma referência em energia limpa e renovável.
Portanto, é fundamental que o país melhore sua segurança energética. Afinal, ela é importante para promover o desenvolvimento sustentável, com impulso ao crescimento econômico e, especialmente, à redução da desigualdade. Se você gostou desse conteúdo e quer conferir outras novidades, siga-nos nas redes sociais.