Produção de energia a partir de resíduos atrai investimentos

Produção de energia a partir de resíduos atrai investimentos

A produção de energia a partir dos resíduos vem crescendo no Brasil. Entenda como o setor deve atrair investimentos para além da suinocultura e RSU.

Nos últimos anos, a produção de energia a partir de resíduos tem atraído investimentos. Embora o Brasil produza 82,5 milhões de toneladas de lixo por ano, existem apenas 49 projetos de biogás em aterros. O número é pequeno, pois existem aterros sanitários em 2.612 municípios brasileiros, que recebem 60% dos resíduos gerados.

O país é o quarto maior gerador de resíduos sólidos do mundo, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), porém os investimentos e projetos no setor ainda são poucos frente ao que o país poderia produzir.

O desenvolvimento do modelo no Brasil

No país, já existem leis para melhorar o descarte dos resíduos, como o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. O projeto foi criado para trazer soluções para os resíduos gerados com alternativas de gestão, gerenciamento dos passivos, plano de metas e geração energética por meio do biogás.

Segundo o plano, até 2040, o país terá que destinar 63,4% dos resíduos para a recuperação de biogás, suficiente para abastecer com energia elétrica 9,5 milhões de domicílios. Além do plano nacional, há outros incentivos e leis sendo criados.

Em maio de 2022, a Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou um projeto de lei que estimula a produção de biogás, biometano e energia elétrica a partir do aproveitamento de resíduos de aterros.

Se aprovado, será permitido a criação de linhas de financiamento para viabilizar a execução de projetos, além de permitir que as empresas recebam incentivos fiscais, financeiros e creditícios da União, estados ou municípios. Agora, o texto segue para votação na Comissão de Meio Ambiente.

O RenovaBio é outro projeto que deve atrair investimentos. O programa nacional pretende descarbonizar a economia mediante a emissão de CBios com créditos que correspondem a 1 tonelada de dióxido de carbono (CO2) a menos na atmosfera e que já são negociados na B3, a bolsa brasileira, desde o início de 2020. Com o crescimento do RenovaBio, espera-se incrementar a produção de etanol de 30 bilhões de litros/ano para 50 bilhões de litros em 2050.

Os caminhos possíveis para atrair novos investimentos

De acordo com dados da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), o potencial, nos próximos dez anos, é da produção de até 45 milhões de metros cúbicos/dia. O setor sucroenergético é o que tem maior potencial de crescimento, principalmente por já contar com uma indústria consolidada.

Assim, além da suinocultura e do RSU, o óleo de palma, da vinhaça e do milho podem ser utilizados para produção do biogás no país. Durante a produção de óleo de palma cru – um subproduto líquido chamado POME (palm-oil mill effluent) é gerado. Esse líquido é considerado como um contribuidor às alterações climáticas por conta do biogás, que possui muito gás metano. A solução é utilizar esses gases para a produção de energia.

Com a tecnologia certa, é possível que fábricas de óleo de palma utilizem o biogás gerado para produzir eletricidade por meio de turbinas de gás, para consumo interno ou para exportação.

Outra forma de expandir a geração de biogás é por meio da vinhaça. Esse resíduo é gerado a partir da produção de combustível da cana-de-açúcar e pode ser utilizado na geração de energia elétrica, além de fertilizante.

Cada litro de etanol gera 12 litros de vinhaça como resíduo. Assim, além do fertilizante para irrigar canaviais, é importante que o gás metano seja retirado da vinhaça antes do retorno às lavouras e o uso para geração de energia é uma das maneiras.

A partir da aquisição da Gás Verde, a Urca Energia se tornou a maior produtora de biometano do país, um biocombustível sustentável que contribui para a preservação do meio ambiente e tem grande potencial para transformar a matriz energética das empresas brasileiras.

O biometano é a solução ideal para a sua estratégia ESG (Ambiental, Social e Governança, em português), já que é produzido a partir do biogás de aterros sanitários e passa por um tratamento e purificação até chegar à forma final de um gás purificado, verde e limpo.

A EVA Energia atua na geração distribuída de energia renovável para empresas de diferentes portes, oferecendo soluções sustentáveis.

Comprometida com o meio ambiente, a EVA gera energia a partir de usinas próprias de biogás de aterros sanitários e suinocultura. Juntas, elas somam cerca de 20MW de capacidade instalada e ainda contribuem para a economia circular, ao mesmo tempo que geram economia na conta de luz das empresas.

Portanto, é certo que o Brasil precisa aproveitar esse imenso potencial e atrair investimentos e a melhor maneira de fazer isso é de uma forma estruturada. Se você se interessou e quer desenvolver projetos, entre em contato conosco.