Geração Distribuída no Brasil: conheça as principais fontes

Geração distribuída no Brasil: conheça as principais fontes

Quais são as principais fontes de energia utilizadas na geração distribuída no país? Entenda como se dá o crescimento de cada modelo.

Você sabe quais são as principais fontes de geração distribuída utilizadas no Brasil? A geração distribuída é um modelo em que os consumidores podem gerar sua própria energia. Além de trazer economia e liberdade para os consumidores, a GD, como um sistema que descentraliza a produção de energia, também é importante para o sistema elétrico que fica mais estável e menos dependente de usinas hidrelétricas.

Por possuir muitas vantagens, esse modelo tem crescido nos últimos 20 anos e os sistemas solares têm se destacado. Contudo, também existem outras fontes que podem ser utilizadas na GD e que vem se popularizando recebendo novos investimentos. Confira.

Principais fontes de energia utilizada na Geração Distribuída

Além de buscar maneiras de garantir o abastecimento necessário para o país crescer, o crescimento da GD também está atrelado aos impactos ambientais na geração de energia. Por isso, busca-se fontes cada vez mais limpas e renováveis. O setor de energia no Brasil, incluindo geração de eletricidade e o consumo de combustíveis fósseis são responsáveis por 20% das emissões de gases de efeito estufa (GEEs).

Mesmo com esse cenário, o Brasil ainda possui uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo. A capacidade atual instalada é de 80% de renovável, devendo chegar a 84% na próxima década. Confira as principais fontes utilizadas nesse modelo.

Energia solar fotovoltaica

Atualmente, a energia solar fotovoltaica é responsável por 98% dos projetos de GD no Brasil. Essa energia é produzida a partir do calor e da luz do sol, convertidos diretamente em eletricidade. Dessa forma, o sistema fotovoltaico pode ser instalado em telhados, terrenos, estacionamento e em muitos outros locais. Por isso, é um modelo que tem se popularizado tanto para usuários residenciais quanto para empresas.

Energia eólica

Os investimentos em energia eólica estão em franca ascensão. Desde 2011, já foram mais de US$ 30 bilhões em investimentos. Isso indica novas oportunidades para muitos mercados, principalmente nos setores da indústria e construção civil. Nesse modelo, a energia é gerada por meio da conversão de correntes de vento em outras formas de energia, com ajuda das turbinas eólicas. A energia eólica pode ser instalada em edifícios altos, áreas de muito vento, como no litoral ou até em alto mar, como ocorre com a geração eólica off shore.

Energia hídrica

A energia hídrica, a mais utilizada no Brasil, utiliza a pressão da água que flui sobre as lâminas para acionar um gerador elétrico, transformando o movimento em energia. Atualmente, são grandes usinas que produzem a maior parte da energia do país. Na geração distribuída, as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) — podem ter potências entre 0 e 5 MW — e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) — potência entre 5 e 30 MW são opções que aproveitam os cursos de água e possuem baixo impacto ambiental.

Energia da biomassa

A energia da biomassa é obtida por meio da decomposição de materiais orgânicos. Podem ser utilizados o bagaço da cana, resíduos agrícolas, florestais, de aterros sanitários e resíduos industriais. No Brasil, em 2018, a geração de energia da biomassa chegou a pouco mais de 14MW.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2019 a capacidade instalada total no Brasil era de 176 GW com a seguinte divisão por fonte: 58% hidráulica, 11% biomassa, 9% eólica, 9% outros, 7% gás natural, 4% pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e 2% solar.

As expectativas para 2029 são que a matriz mude, aumentando sua capacidade instalada para 251 GW e tendo a GD como principal vetor para essa mudança. Nesse novo cenário a divisão seria: 42% hidráulica, 16% eólica, 14% gás natural, 10% biomassa, 8% solar, 6% outros e 4% pequenas centrais hidrelétricas (PCH).

Assim, para o futuro, as expectativas são positivas, pois todas as fontes vêm apresentando crescimento e desenvolvimento. Além disso, o marco legal da geração distribuída que recentemente foi aprovado na Câmara dos Deputados trará segurança jurídica ao setor, abrindo possibilidades de mais investimentos.