Você sabe como é gerada a energia à base de hidrogênio? O hidrogênio verde pode ficar competitivo até 2030 e se tornar uma energia renovável viável.
A produção de energia a partir do hidrogênio é considerada uma das apostas do mercado energético para o futuro. O hidrogênio é abundante, eficiente, armazenável e transportável, não produz gases que agravam o efeito estufa e pode ser produzido a partir de fontes renováveis. Há estudos que observam que esse combustível pode reduzir simultaneamente a dependência de um país em petróleo e a emissão dos gases do efeito estufa.
Embora não seja uma fonte de energia primária, os investimentos nessa área podem ajudar no processo de descarbonização mundial. O hidrogênio pode, inclusive, reduzir as emissões líquidas de dióxido de carbono (CO2) em setores que consomem muita energia e são difíceis de descarbonizar, como aço, produtos químicos, navegação e aviação.
Como ocorre a geração de energia à base de hidrogênio?
O hidrogênio está presente em vários hidrocarbonetos que compõem combustíveis e em substâncias simples como a água (H2O). Assim, ele pode ser produzido a partir do processo térmico, biológico ou a partir de um processo químico denominado eletrólise. Esse método utiliza a corrente elétrica para separar o hidrogênio do oxigênio da água.
Dessa forma, se a eletricidade utilizada na corrente for advinda de fontes renováveis, como energia eólica ou solar, o combustível poderá ser chamado de hidrogênio verde, pois sua produção e utilização não emitem dióxido de carbono na atmosfera.
Caso o combustível seja gerado a partir de outra fonte, como carvão, diesel, gás natural ou biogás, haverá emissão de carbono e a produção não poderá ser considerada limpa. Segundo o Escritório de Eficiência Energética e Energia Renovável, 95% do hidrogênio produzido no mundo é a partir do processo térmico com o uso do gás natural.
Mesmo que o uso mais conhecido para esse combustível seja em carros, há outras possibilidades. As células de combustíveis de hidrogênio podem ser utilizadas em unidades fixas de geração de energia em prédios, casas, shoppings e até hospitais.
Qual o futuro dessa energia?
O hidrogênio é uma aposta para o futuro, pois o composto tem grande capacidade de armazenar energia. Ele é um combustível de baixo peso molecular e possui a maior quantidade de energia por unidade de massa que qualquer outro combustível conhecido. Essa é uma das razões pelas quais o hidrogênio é utilizado como combustível para propulsão de foguetes, que requerem combustíveis de baixo peso, compactos e com grande capacidade de armazenamento de energia.
Embora seja uma alternativa interessante, o seu alto custo de produção ainda inviabiliza uma utilização expressiva nas matrizes energéticas dos países. Um dos objetivos estipulados pelos países por meio de acordos é a descarbonização do planeta até 2050 e o hidrogênio pode ser um elemento fundamental para a realização dessa meta. Porém, para que os resultados sejam alcançados, há uma necessidade de desenvolvimento de tecnologia e evolução do mercado para o hidrogênio se tornar competitivo.
Países que possuem matrizes renováveis em abundância, como o caso do Brasil, podem ser uma potência na produção e exportação do hidrogênio. Como a maior parte do custo se dá na produção de eletricidade, aqueles que já tiverem essas fontes disponíveis, conseguirão diminuir custos de produção e tornar o mercado mais competitivo. No país, destaca-se o Nordeste, com a geração eólica e solar fotovoltaica se desenvolvendo, que poderá ser combinada com as rotas de saída para Europa.
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