Seja utilizando energia gerada por fontes renováveis, seja na aquisição de créditos de carbono, há opções para todas as organizações se tornarem mais sustentáveis.
Cada vez mais as empresas estão investindo em créditos de carbono e energia renovável. Com a necessidade de descarbonizar as matrizes, governos e organizações começam a se mobilizar para diminuir ou zerar suas emissões de gases poluentes.
O uso de combustíveis fósseis gera a emissão de dióxido de carbono, que tem impactado no aquecimento global e nas mudanças climáticas. Por isso, as empresas têm buscado maneiras de contribuir com a diminuição das emissões, seja pela adesão de geração de energia por fontes renováveis ou a compra de créditos de carbono.
O que são os créditos de carbono?
Um crédito de carbono representa a não emissão de uma tonelada de carbono na atmosfera. Para gerar créditos de carbono, uma empresa pode substituir o uso de combustíveis fósseis por energias renováveis, promover ações com benefícios socioambientais ou reduzir o desmatamento.
As empresas que já estão alinhadas com uma economia de baixo carbono estão promovendo ações para a transição. Isso pode ocorrer por meio de ações internas, como mudanças na geração de energia ou na compra de certificados, como os créditos de carbono. Ou seja, mesmo que a empresa não consiga diminuir as emissões diretamente, ela pode se beneficiar dos certificados para mitigar as emissões.
Para estarem aptos a gerar créditos de carbono, os projetos precisam estar em concordância com as regras estabelecidas pelo regulamento deste mecanismo. Com 22 projetos registrados no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) estabelecido pela ONU no Protocolo de Kyoto, 12 deles são iniciativas brasileiras.
Crédito de carbono e energia renovável nas empresas
No Brasil, ainda não existem leis que obriguem as empresas a compensarem carbono ou estabelecer metas de redução. Ou seja, o que vem sendo feito ocorre de maneira voluntária e sem incentivos fiscais. Contudo, adotar essa prática traz benefícios.
Além de influenciar positivamente na sustentabilidade, evitando ou reduzindo os efeitos das mudanças climáticas, as empresas que já optaram pela mudança têm benefícios imediatos, como o desenvolvimento da imagem da companhia, fortalecimento do ESG, redução de riscos e geração de valor para o negócio.
Uma pesquisa realizada com 72 empresas sobre o mercado de créditos de carbono e compensação de emissões lançado pela Aliança Internacional de Redução de Carbono e Compensação (ICROA) e a Universidade Imperial College London mostrou que 67% das empresas relataram benefícios comerciais positivos e concretos de terem um programa de compensação voluntário. As maiores motivações listadas pelas empresas são reputação da marca, engajamento dos funcionários, diferenciação, filantropia e eficiência.
Mas, antes de estabelecer metas e realizar mudanças, as empresas precisam conhecer suas emissões e entender o impacto de suas atividades no meio ambiente. As emissões podem ser geradas diretamente nas atividades da empresa, podem ser atividades terceirizadas ou relacionadas ao uso da matéria-prima.
Ao analisar todo o cenário, é possível entender se vale mais a pena migrar para o mercado livre de energia, por exemplo, e optar por uma fonte renovável, ou até mesmo desenvolver uma usina para uso interno da organização ou indústria.
Para as empresas que ainda não possuem maturidade para migração de sistemas, abrindo mão dos combustíveis fósseis, a compensação é uma maneira de internalizar o custo que volta como financiamento e subsídio para o meio ambiente.