A adoção de energia renovável pelas empresas está moldando o futuro do planeta. Dados atuais mostram a urgência de ações para mitigar a crise climática e promover a sustentabilidade.
A crise climática é uma das questões mais urgentes do século XXI, e o setor empresarial desempenha um papel crucial em sua resolução. A transição para fontes de energia renováveis é mais do que uma tendência; é uma necessidade vital para mitigar os impactos ambientais e assegurar a sustentabilidade econômica a longo prazo.
De acordo com um artigo publicado em dezembro de 2024 no portal “Um Só Planeta”, as empresas precisam acelerar significativamente a adoção de energia renovável para contribuir com a sustentabilidade global. Embora muitos avanços tenham sido feitos nos últimos anos, há um longo caminho a percorrer. Atualmente, as fontes renováveis, como solar, eólica e biomassa, representam cerca de 30% da matriz energética global, com uma meta de atingir 50% até 2030 para limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
A mudança para energia renovável não é apenas uma questão ambiental; é também um imperativo econômico. Com custos em declínio e acesso facilitado às tecnologias, as empresas têm a oportunidade de reduzir despesas operacionais e melhorar sua eficiência energética. Além disso, consumidores e investidores estão cada vez mais pressionando as organizações a priorizar práticas sustentáveis.
Empresas como Google, Apple e Microsoft são exemplos de liderança na transição para energias limpas. Elas já alcançaram metas de neutralidade carbônica ou utilizam 100% de energia renovável em suas operações. O Brasil também tem seus destaques: a Natura e a Weg implementaram iniciativas significativas de energia solar e eólica, contribuindo para a descarbonização da economia.
No entanto, o desafio é levar esse padrão de excelência a pequenas e médias empresas, que frequentemente enfrentam barreiras como acesso limitado a financiamentos e tecnologias.
O papel dos governos é essencial para acelerar essa transição. No Brasil, o Marco Legal da Geração Distribuída tem sido fundamental ao incentivar a produção descentralizada de energia solar e eólica. A isenção de impostos para projetos de energia limpa e linhas de crédito subsidiadas são algumas das políticas que ajudam a viabilizar essa transição.
Em escala global, acordos como o Acordo de Paris e iniciativas como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU estão criando metas claras e ambiciosas para a adoção de energias limpas. Contudo, é necessário que mais países reforcem o compromisso com esses acordos.
Em 2024, o biogás e o biometano se destacaramm como soluções complementares às fontes renováveis tradicionais. Esses combustíveis são obtidos a partir da decomposição de matérias orgânicas, como resíduos agroindustriais e urbanos, e oferecem vantagens únicas:
- Redução de Resíduos: o uso de biogás ajuda a destinar resíduos orgânicos de forma sustentável, evitando sua disposição em aterros.
- Descentralização Energética: a geração de energia por biogás pode ocorrer próxima às fontes de resíduos, reduzindo custos logísticos.
- Biometano para Transporte: o biometano, derivado do biogás, pode substituir combustíveis fósseis no setor de transporte, sendo uma alternativa eficiente e menos poluente.
No Brasil, projetos como o “RenovaBio” promovem o uso do biometano para atingir metas climáticas. Em 2024, a produção nacional de biometano cresceu 30%, especialmente em estados como São Paulo e Paraná, que concentram grandes plantas de tratamento de resíduos e biodigestores. Globalmente, o mercado de biogás é estimado em mais de US$ 70 bilhões, com previsão de crescimento acelerado até 2030.
A Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada em 2024, foi um marco na discussão sobre a transição energética global. Durante o evento, governos e empresas reforçaram seus compromissos com a descarbonização, estabelecendo novas metas para aumentar a participação de fontes renováveis na matriz energética global.
Entre os principais resultados, destaca-se o compromisso de países em desenvolvimento de dobrar a capacidade instalada de energia limpa até 2030, com apoio financeiro e tecnológico de nações desenvolvidas. Empresas presentes na COP29 também apresentaram planos robustos para atingir a neutralidade de carbono, reforçando a importância de parcerias público-privadas.
A COP29 deixou claro que a colaboração internacional será crucial para superar os desafios da transição energética, incluindo a necessidade de financiamento adequado para projetos renováveis em países emergentes e investimentos em tecnologias de armazenamento e distribuição.
Benefícios da Transição Energética para Empresas
- Redução de Custos: Empresas podem economizar até 20% em custos operacionais ao investir em fontes de energia limpa.
- Reputação Positiva: Ser vista como uma empresa sustentável melhora a imagem de marca e atrai investidores e consumidores conscientes.
- Resiliência Energética: Reduzir a dependência de fontes não-renováveis protege contra oscilações de preços e escassez.
Para que essa transição ocorra de forma eficaz, as empresas precisam adotar uma abordagem integrada que combine investimentos em tecnologias limpas, capacitação de mão de obra e colaboração com governos e sociedade civil. A aceleração da adoção de energia renovável não é apenas uma responsabilidade; é uma oportunidade de liderar um movimento global por um planeta mais limpo e justo.
O futuro é renovável. Quanto antes as empresas agirem, maior será o impacto positivo no planeta e na economia.