Com a ampliação do ESG nas organizações, empresas começam a atrelar programas de remuneração variável de executivos ao atingimento das metas.
Parte das grandes empresas brasileiras já entenderam a importância e a relevância das metas ESG dentro das organizações. Cada vez mais as questões ambientais, sociais e de governança tornam-se prioridades com mudanças internas e até programas de remuneração para executivos atrelados ao atingimento das metas.
A consultoria The Boston Consulting Group (BCG) mostrou que empresas com desempenho superior em áreas ambientais, sociais e de governança apresentam margens de valorização mais altas do que as que não se preocupam em incorporar metas ESG em seus negócios.
Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Tide Setubal e Instituto Silvis, 74,2% dos empresários acreditam que o ESG é um tema de alta importância, sendo o compliance o assunto mais importante para a maioria dos entrevistados, com cerca de 62,3%.
O que é o ESG?
Uma das siglas que mais ganhou relevância nos últimos anos foi a ESG. O ESG refere-se às questões ambientais (environmental), sociais (social) e de governança corporativa (governance) e no Brasil ela também é identificada com ASG.
De maneira geral, as questões tratadas pelo ESG se dividem em: questões ambientais, sociais e de governança. A primeira delas refere-se às práticas da empresa sobre sustentabilidade e meio ambiente, como diminuição de gases do efeito estufa e poluição, reflorestamento e reciclagem.
Já as questões sociais se relacionam à responsabilidade social e o impacto da organização na comunidade e sociedade, abrangendo temas como leis trabalhistas, segurança no trabalho, salários justos e investimento social. Por fim, a governança está ligada às políticas, processos e estratégias que guiam a administração às melhores decisões.
O Brasil foi o país da América Latina que mais pesquisou pela sigla ESG nos últimos 12 meses e um dos 25 países no mundo que mais buscou pela temática no período. Esse número mostra como a sociedade e as empresas começaram a se movimentar, buscando entender a importância das ações e como isso se refletia no mercado.
A importância das metas ESG dentro das organizações
Segundo o Pacto Global, o ESG nada mais é do que a própria sustentabilidade empresarial. Ou seja, uma empresa que consegue se desenvolver minimizando seus impactos negativos e promovendo impactos positivos na sociedade, pode ser considerada uma organização que preza pelo ESG.
Pensando nisso, empresas brasileiras já começaram a estruturar programas de remuneração variável atrelados às métricas ambientais, sociais e de governança. A prática que já é tendência internacional tem ganhado espaço em empresas de grande porte no país.
Segundo uma pesquisa realizada para o Prática ESG pela Mereo, de 149 grandes e médias empresas pesquisadas, 47 já consideraram o ESG em metas, indicadores e metodologias e 35 já possuem algum programa de remuneração associado a indicadores ESG. Entre 23 empresas analisadas que estão listadas na bolsa, no Brasil ou no exterior, só dez têm alguma forma de remuneração por indicadores ESG, com o percentual variando de 10% a 20%.
Em algumas empresas, além das lideranças serem remuneradas pelo atingimento de metas, como diretores, gestores e c-levels, já há funcionários da operação que também participam das bonificações. A estratégia é importante uma vez que se cria uma cultura de melhoria contínua, com o foco sempre em um objetivo estipulado pela empresa seguindo as metas ESG, gerando responsabilidade em todos pelo atingimento do bom resultado.
Portanto, é possível identificar que a sociedade e as empresas estão se tornando mais maduras quanto às metas ESG, ampliando suas ações. Se você quer entender melhor como ampliar as ações de meio ambiente investindo em energia, entre em contato conosco.
