A Geração Distribuída (GD) tem emergido como uma força transformadora no cenário energético mundial, com potencial significativo para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2).
A GD refere-se à produção de energia elétrica no ponto de consumo ou próximo a ele, diferentemente da geração centralizada tradicional. Este modelo inclui tecnologias como painéis solares fotovoltaicos, turbinas eólicas de pequena escala e plantas de biogás. Segundo a IRENA, a capacidade instalada de GD tem crescido exponencialmente, com um aumento estimado de 70% nos últimos cinco anos, demonstrando uma tendência clara de descentralização energética.
Os impactos ambientais da GD são notavelmente positivos, especialmente em relação à redução das emissões de CO2. Um estudo do IPCC indica que a GD pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 60% em comparação com os sistemas convencionais de energia, dependendo da tecnologia utilizada e do contexto regional. No Brasil, a EPE projeta que a GD pode contribuir com uma redução de até 5% nas emissões nacionais de CO2 até 2030, considerando o aumento previsto na adoção de tecnologias de energia limpa.
Especificamente, a geração de energia através de fontes renováveis, como solar e eólica, tem um papel crucial nessa transformação. A ABiogás destaca que, além de reduzir as emissões de CO2, a GD baseada em biogás promove a gestão sustentável de resíduos, gerando energia a partir de materiais que, de outra forma, emitiriam metano, um gás de efeito estufa mais potente que o CO2.
O Cibiogás, por sua vez, fornece dados que comprovam o potencial de redução das emissões de gases de efeito estufa através da GD, indicando que cada megawatt hora (MWh) de eletricidade gerada por biogás evita a emissão de aproximadamente 0,6 toneladas de CO2. Além disso, a GD pode contribuir para a estabilidade da rede elétrica, reduzindo a necessidade de transmissão de energia a longas distâncias e diminuindo as perdas associadas.
Em conclusão, a GD não só apresenta um potencial significativo para reduzir as emissões de CO2, como também fomenta uma transição energética mais sustentável e eficiente. A adoção crescente dessa modalidade de geração de energia, apoiada por políticas públicas e investimentos em tecnologia, será fundamental para atingir as metas globais de redução de emissões e combate às mudanças climáticas. Portanto, é imprescindível que governos, empresas e sociedade civil reconheçam e apoiem o desenvolvimento da GD como um pilar essencial para um futuro energético sustentável.