Investir em uma economia de baixo carbono é sinônimo de desenvolvimento econômico, social e ambiental. Veja as vantagens do Brasil para essa mudança.
A economia de baixo carbono é um projeto que propõe ações com o objetivo de reduzir os impactos da geração de Gases do Efeito Estufa (GEEs) no meio ambiente. Ao incentivar uma economia de baixo carbono, os países conseguem desenvolver a economia, gerar emprego e investir em sustentabilidade.
O Brasil sempre teve protagonismo na agenda ambiental e tem forte papel na preservação ambiental. O patrimônio natural é único, com 62% do território nacional coberto por vegetação nativa e a maior disponibilidade hídrica do mundo.
No setor energético, a matriz elétrica conta com 85% da sua produção vinda de fontes renováveis e somos o segundo maior produtor de biocombustíveis. Por isso, o país tem uma enorme vantagem competitiva em um cenário de economia de baixo carbono.
As vantagens competitivas do Brasil em uma economia de baixo carbono
Histórico positivo no desenvolvimento sustentável
Mesmo com as mudanças recentes, o Brasil tem um histórico forte de atuação em políticas de desenvolvimento sustentável, desde que o Brasil foi sede oficial da Rio 92, principal conferência mundial sobre desenvolvimento sustentável em todo o mundo.
Além disso, o país sempre foi signatário dos principais acordos climáticos e também sempre investiu em fontes limpas e renováveis, tendo parte do setor energético voltado para isso. Por exemplo, com um cenário natural favorável, como os recursos hídricos, abundância solar e extensão territorial e um litoral com bastante vento, as fontes hidráulicas, solar e eólica sempre foram fontes de investimento, estabelecendo uma economia de baixo carbono há muitos anos.
Economia de baixo carbono como desenvolvimento econômico
Embora já esteja no caminho certo para a redução, há muito o que se fazer e a indústria e setores econômicos importantes já entenderam o seu papel na busca de uma economia descarbonizada. Várias organizações já têm elencado como prioridade se tornarem carbono zero ou carbono neutro nos próximos anos. Isso traz vantagem em toda a cadeia, desde o consumidor, passando pela empresa até o governo.
Com a adoção de uma economia de baixo carbono, é possível trazer crescimento econômico para o país, uma vez que é possível gerar empregos e fomentar novas tecnologias com uma indústria mais limpa. Além disso, há incentivos financeiros e programas do governo que promovem novas tecnologias e ações. Assim, como o recente criado mercado de carbono.
A criação do mercado regulado de carbono
Atualmente, o Brasil enfrenta um cenário no qual não conseguiu avançar plenamente nas propostas da Agenda 2030 da ONU. Por isso, há muitos desafios para manter políticas ambientais e desenvolver o mercado de descarbonização, principalmente em setores mais poluidores, como indústria e transporte.
Nesse sentido, a criação do Mercado Regulado de Carbono é uma proposta mais efetiva e que deve complementar a estratégia para o cumprimento do Acordo de Paris. Em maio de 2022, o governo federal publicou um decreto que estabelece procedimentos para elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e institui o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa.
As medidas contidas no decreto beneficiam o meio ambiente, a população e diversos setores da economia, como energia, óleo e gás, resíduos, transporte, logística, infraestrutura, agronegócio, siderurgia e cimento.
Com isso, cria-se um mercado regulado de carbono, com foco na exportação de créditos de carbono e metano, especialmente para países e empresas que precisam compensar emissões para cumprir com seus compromissos de neutralidade de carbono. Ou seja, esse mercado é mais adequado que mecanismos de taxação porque estimula o ambiente de negócios, a inovação e a competitividade das empresas, sem aumentar a carga tributária.
Portanto, para limitar o aumento da temperatura no planeta, é preciso investir em inovação e tecnologia, além de promover mudanças nas estruturas de produção e nos modelos de negócios. Se você gostou do conteúdo, siga-nos nas redes sociais e não perca nenhuma novidade.