A geração de energia solar no Brasil registrou um crescimento expressivo de 32% em agosto de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A produção de energia solar atingiu 3.420 MW médios, um aumento significativo em relação aos 2.578 MW médios registrados em agosto do ano passado.
Esse crescimento reflete o avanço contínuo na instalação de novas usinas solares em diversas regiões do país, impulsionado pelo aumento da demanda por energia limpa e renovável. A fonte solar tem se consolidado como uma das mais promissoras no Brasil, devido às condições climáticas favoráveis e ao investimento crescente no setor.
Segundo o relatório do Programa Mensal de Operação (PMO), a energia solar teve uma contribuição significativa na matriz energética nacional, contribuindo para a diversificação das fontes de energia e para a redução da dependência de fontes fósseis. Além disso, a energia solar também tem desempenhado um papel fundamental na sustentabilidade, ajudando a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
De acordo com a CCEE, o avanço da geração solar está diretamente relacionado ao aumento da capacidade instalada, que cresceu 35% nos últimos 12 meses. As principais usinas solares instaladas recentemente estão localizadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Ceará, que juntos somam a maior parte da capacidade instalada de geração solar no país.
O relatório da CCEE também destaca que o setor de energia solar continua atraindo investimentos significativos, com várias empresas anunciando novos projetos de usinas solares em todo o território nacional. Além disso, o Brasil tem se destacado como um dos países líderes em geração distribuída, com mais de 1,7 milhão de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica até o momento.
Em termos de geração distribuída, a energia solar fotovoltaica se tornou a fonte preferida dos consumidores brasileiros, representando mais de 99% das instalações de micro e mini geração no país. Essa modalidade permite que os consumidores gerem sua própria energia e ainda forneçam o excedente para a rede, gerando créditos que podem ser utilizados para reduzir a conta de luz.
Além do crescimento expressivo na geração, o preço competitivo da energia solar também tem atraído cada vez mais consumidores residenciais e empresariais. De acordo com o estudo do PMO, o custo da geração solar caiu cerca de 20% nos últimos cinco anos, tornando essa fonte de energia ainda mais acessível.
Outro ponto destacado pelo relatório é a contribuição da energia solar para a segurança energética do Brasil. Durante os meses de seca, quando a geração hidrelétrica é impactada pela escassez de chuvas, a energia solar tem se mostrado uma alternativa viável para garantir o abastecimento de energia no país, especialmente em regiões com alta incidência solar.
Com os investimentos em expansão e a crescente conscientização sobre os benefícios da energia limpa, a expectativa é que a geração solar continue a crescer nos próximos anos, consolidando o Brasil como um dos principais mercados de energia solar no mundo.
De acordo com as previsões da CCEE, a capacidade instalada de geração solar deve ultrapassar 30 GW até 2030, o que representa uma participação significativa na matriz energética nacional. Esse crescimento será impulsionado tanto por projetos de geração centralizada quanto por investimentos em geração distribuída.
Em conclusão, o aumento de 32% na geração de energia solar em agosto de 2024 reforça a importância dessa fonte de energia para o Brasil. Com a expansão contínua das usinas solares e a queda nos custos de geração, a energia solar se consolida como uma solução sustentável e eficiente para atender à crescente demanda energética do país, ao mesmo tempo em que contribui para a preservação ambiental e a redução das emissões de carbono.