As mudanças climáticas e a transição energética!

mudanças climáticas e a transição energética

Com o uso de combustíveis fósseis, o planeta já aqueceu 1,2ºC. Por isso, a transição energética é tão importante para frear as mudanças climáticas.

Você sabe o que é a transição energética? Desde que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgou o seu último relatório, foi possível perceber como o aquecimento global já impacta na vida das pessoas e o que será do mundo em alguns anos se nada for feito. Um dos principais motivos para essa situação é o uso de combustíveis fósseis que aumenta a quantidade de CO2 na atmosfera.

Assim, é preciso que a matriz energética mundial mude, tendo as fontes renováveis e limpas como melhor opção. Todo esse processo de troca é denominado transição energética. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o uso de energia renovável deve aumentar 50% em todo mundo até 2024. Mas e o Brasil o que tem feito para desenvolver uma economia de baixo carbono?

O que é transição energética?

A transição energética é uma mudança estrutural que propõe uma transformação no tipo de energia produzida e consumida na sociedade. Essas mudanças são históricas e já ocorreram quando saímos do uso da lenha para o carvão, do carvão para o petróleo e agora para fontes renováveis.

Há países mais avançados nessa transição, que já utilizam e fomentam fontes limpas, como eólica, solar e biogás. Já outras nações ainda utilizam combustíveis fósseis como principal fonte, seja por dificuldade em realizar a transição pela pouca disponibilidade de fontes mais limpas ou por fatores econômicos. A expectativa é de que, em 2026, a parcela de energia advinda dos derivados de petróleo seja de 36,6%. Atualmente é de 50%.

A transição energética engloba outras questões além da mudança das fontes de energia. Ela também passa pelo uso mais eficiente, impedindo desperdícios, maior segurança no abastecimento, novas tecnologias que facilitam o acesso às fontes e produção descentralizada, que diminui os custos e capilariza a distribuição.

As fontes renováveis utilizadas no Brasil

No Brasil, 45,3% da nossa matriz energética vem de fontes renováveis. No mundo, esse percentual é de 13,7%. Isso mostra que o país está mais desenvolvido nesse sentido, mas ainda há muito que ser feito. O Brasil tem abundância de sol e vento, além do tamanho continental que favorece a promoção de vários tipos de fontes energéticas.

Uma das principais fontes utilizadas para a transição energética no país é a solar. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), essa fonte cresceu 70% em 2020 e os números de 2021 também são bem otimistas. A biomassa e a fonte eólica ainda não possuem muita relevância na matriz de modo geral, mas os projetos que estão sendo desenvolvidos com essas fontes terão grande importância em um futuro breve.

Embora não seja uma fonte limpa, pois gera metano, o gás natural também é importante nessa mudança. Ele atua como um backup das energias limpas que são intermitentes, como solar e eólica. Assim, como está cada vez mais inviável construir grandes hidrelétricas, que seria uma solução limpa, o gás funciona bem como energético de transição de médio prazo.

É importante ressaltar que mais que mudança de fontes energéticas, a transição engloba aspectos tecnológicos, econômicos e ambientais. Ou seja, é uma mudança que depende do envolvimento de toda a sociedade para que os impactos sejam relevantes.

Assim, os governos em todas as suas esferas precisam estar envolvidos e fomentando novas ideias. A sociedade também precisa reconhecer os riscos e optar por fontes mais limpas e renováveis e pressionar empresas e governos para que isso se torne acessível. Somente assim será possível frear o uso de combustíveis fósseis e impedir que o aquecimento global elimine os seres humanos do planeta.