A transição energética e os biocombustíveis

No Brasil, o etanol e o diesel verde (HVO), que devem liderar a expansão de biocombustíveis nos próximos cinco anos, contribuindo para a transição energética.

A transição energética já está em curso em muitos países, mas é preciso um esforço maior para que as metas propostas de redução de emissão de CO2 sejam atingidas e, consequentemente, se reduzam os efeitos do aquecimento global.

A matriz de transportes mundial ainda é extremamente dependente do petróleo (cerca de 90% das viagens utilizam combustíveis fósseis). Assim, o hidrogênio e os biocombustíveis são atualmente as principais alternativas para descarbonização do segmento. No Brasil, os biocombustíveis já são utilizados, mas é preciso ampliar os investimentos e as tecnologias para que a produção dos combustíveis seja suficiente para a transição.

Os investimentos necessários para a transição energética

Para uma transição energética eficaz, a participação das renováveis ​​teria que crescer massivamente em todos os setores, de 14% da energia total hoje para cerca de 40% em 2030. Segundo o World Energy Transitions Outlook de 2022 da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), será necessário investir US$ 5,7 trilhões por ano até 2030 em transição energética.

Para dar viabilidade aos investimentos, é preciso de parcerias com o capital público e privado para desenvolver algumas tecnologias mais rapidamente. Além disso, os governos precisam estimular os investimentos em inovação, criando políticas de incentivo capazes de recompensar os desenvolvedores e pioneiros na adoção das práticas.

Assim, os investimentos devem dar escala às tecnologias e implementação de infraestrutura, de modo que a descarbonização ocorra em setores sensíveis, como os setores industriais e de transporte, que têm maior dificuldade de participar da transição energética. O grande problema é que os investimentos feitos atualmente não são suficientes. Além disso, países que respondem por dois terços da população mundial somam apenas um quinto dos investimentos em energia limpa.

Os biocombustíveis no Brasil

O Brasil tem papel de destaque no mercado de bioenergéticos, já reconhecido pela presença forte do etanol na matriz dos combustíveis. Agora, há muitas possibilidades de expansão com a biomassa e outros biocombustíveis. O país já tem papel relevante na transição energética, uma vez que 48% da nossa matriz deriva de fontes renováveis, como biomassa, hidrelétricas e biocombustíveis.

Além de acompanhar a agenda global pró energia limpa, o modelo também poderá gerar novos empregos. Ou seja, os benefícios das fontes energéticas mais limpas não se limitam aos ganhos ambientais, há impactos sociais positivos muito mais profundos do que se imagina.

O país já possui iniciativas, como o Renovabio, que completou três anos e possui metas anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, obrigações pertinentes aos que aderem ao programa e criação da dinâmica do mercado de créditos de carbono.

Além disso, outros projetos vêm sendo desenvolvidos, como o Metano Zero que tem foco de atuação voltado para o aproveitamento energético com a geração de combustível a partir de resíduos ou produtos orgânicos para a geração de biogás e biometano e o combustível do futuro.

A iniciativa tem como objetivo o uso de fontes alternativas de energia e o fortalecimento do desenvolvimento tecnológico nacional. Assim, espera-se incrementar o uso de combustíveis sustentáveis e de baixa intensidade de carbono, bem como a aplicação de tecnologia veicular nacional, com biocombustíveis, com vistas a maior descarbonização da matriz de transporte.

Portanto, é possível dizer que a transição energética está diretamente ligada à capacidade dos países de diversificar a sua matriz energética e utilizar fontes mais limpas. Nesse sentido, os biocombustíveis se destacam por suas características e o Brasil desponta pelo histórico e abundância de matéria-prima.

A partir da aquisição da Gás Verde, a Urca Energia se tornou a maior produtora de biometano do país, um biocombustível sustentável que contribui para a preservação do meio ambiente e tem grande potencial para transformar a matriz energética das empresas brasileiras.

O biometano é a solução ideal para a sua estratégia ESG (Ambiental, Social e Governança, em português), já que é produzido a partir do biogás de aterros sanitários e passa por um tratamento e purificação até chegar à forma final de um gás purificado, verde e limpo.