A geração de energia limpa no Brasil

geração de energia limpa no Brasil

A matriz elétrica nacional é formada por 82,9% de energia limpa, como hidrelétricas, biomassa e energia solar, enquanto a média global é de 26,7%.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, atualmente, o Brasil tem 83% da sua matriz originada de energia limpa. A participação é liderada por hidrelétrica (63,8%), seguida da eólica (9,3%), biomassa e biogás (8,9%) e solar (1,4%). Diferentemente da média global, o Brasil é três vezes mais sustentável que os demais países.

Ao investir nessas fontes, é possível se desenvolver tecnologicamente, ambientalmente, além de melhorar as questões socioeconômicas, como geração de emprego e aumento de renda da população. Outro ponto estratégico é que essa diversificação amplia a segurança energética do país. Entenda melhor o potencial das principais fontes.

Como se dá a geração de energia limpa no Brasil?

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o Brasil é o terceiro maior gerador de energias renováveis – aquelas que não liberam resíduos ou gases poluentes na atmosfera – de todo o planeta.

Historicamente, o Brasil se desenvolveu com a produção de energia limpa por meio das hidrelétricas. Contudo, com o passar do tempo e desenvolvimento tecnológico outras fontes passaram a apresentar relevância, como a biomassa — que gera o etanol, biogás e o biometano — e a energia solar. Confira as perspectivas de cada opção:

Hidrelétricas

O Brasil possui 12% da água doce superficial da Terra, tornando-se o país com uma das maiores redes fluviais, contando com 12 bacias hidrográficas. Possuímos também a Usina Hidrelétrica de Itaipu, que é a segunda maior geradora de energia limpa e renovável do planeta, gerando 14.000 MW.

O setor não prevê expansão de criação de grandes hidrelétricas, por limitações geográficas, mas há perspectiva de aumento de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) – empreendimentos de 0 até́ 5 megawatts (MW) de potência no caso das PCHs e 5 até́ 30 MW (CGHs). Ao todo, existem 436 PCHs operando no Brasil e 219 CGhs.

Energia solar

As usinas solares fotovoltaicas de grande porte agregaram 551 MW à matriz brasileira no ano passado. Assim, os 3.870 empreendimentos de energia solar em operação já são responsáveis por 1,46% da potência fiscalizada no país. Um dos motivos para o crescimento, é que o desenvolvimento tecnológico e melhoria da eficiência, fez com que o custo dessa fonte tenha caído 90% nas últimas duas décadas.

A pandemia fez com que o preço da energia aumentasse conforme a economia. Dessa forma, empresas e cidadãos estão buscando alternativas mais estáveis e com menor custo, a longo prazo, para garantir um consumo planejado. Estima-se que até 2024 o Brasil contará com mais de 880 mil sistemas de energia solar instalados ao longo do território nacional. No ranking mundial, em 2019, a capacidade instalada do país nos colocava na 16º posição. As projeções são que o país chegue ao terceiro lugar nos próximos anos.

Biomassa

A maior adoção pelo Brasil de fontes renováveis é resultado principalmente de dois projetos. O primeiro é a ampla adoção de usinas hidrelétricas, origem de quase dois terços da energia elétrica produzida atualmente no país e o outro é a utilização de etanol de cana-de-açúcar como combustível de automóveis. Em 2020, o país registrou um total de 35,6 bilhões de litros provenientes da cana-de-açúcar e do milho, a maior produção de etanol da história.

A biomassa mais utilizada para geração de eletricidade atualmente é oriunda da cana-de-açúcar, plantada e processada nas regiões Sudeste e Centro-oeste. Em plantas industriais, os microrganismos digerem a matéria-prima em um reator controlado, produzindo biogás com 50% a 70% de metano. Embora o biogás tenha pequena participação na matriz, cerca de 0,05%, ele já equivale, em termos de geração, ao mesmo que a produção de energia solar, pois o biogás consegue gerar energia o dia todo, enquanto sistemas solares só podem funcionar no período de sol.

Até 2026, a perspectiva é de aumento da demanda energética no Brasil cresça praticamente 50%, o que demonstra um grande potencial de negócios e de investimento. Portanto, é importante que novas opções se desenvolvam, especialmente, se elas forem energia limpa.

Se você gostou do conteúdo e quer entender melhor como será a demanda energética do futuro, leia nosso post no blog!