Por que o GNL é a matriz do futuro?

De acordo com especialistas, nos próximos 10 anos, o Brasil deve ser o centro da nova atividade de GNL na América Latina.

As iniciativas de investimento para abertura do mercado brasileiro para o gás natural coincidiram com uma série de novos projetos de infraestrutura no Brasil. Embora já seja um passo importante, ainda há muitos desafios na busca de transformar o segmento em um setor menos monopolizado pela Petrobrás atraindo investimentos internacionais.

O gás natural é a terceira fonte energética mais importante de todo o mundo. Esse combustível de origem fóssil, ao ser processado, origina outros combustíveis, como o gás natural liquefeito (GNL). Para entender mais sobre o assunto e conferir as perspectivas para o futuro, leia o conteúdo até o final.

O que é o GNL?

Historicamente, a indústria do gás natural se desenvolveu regionalmente, devido às dificuldades técnicas e econômicas de escoamento da produção. Para obter o GNL, é preciso que o gás natural seja purificado a uma temperatura de -162ºC, tendo o seu volume reduzido 600 vezes. Durante o processo, ocorre a condensação e o gás passa do estado gasoso para o líquido.

O governo brasileiro está avançando na construção de um novo mercado de gás, abrindo o setor para operações privadas. Isso é importante e necessário, pois a implementação da infraestrutura desse segmento é bastante específica e de alto custo. Por isso, as mudanças regulatórias são urgentes.

A nova lei do gás trouxe mudanças importantes para os players de gás natural e GNL no Brasil. O projeto deixa o mercado mais dinâmico e competitivo, facilitando a retomada econômica do país. As principais mudanças foram livre acesso às concessões para transporte por dutos e uma nova política de armazenamento.

Por que o gás natural liquefeito é considerado uma matriz de transição?

O mundo todo vive uma transição energética devido à necessidade de diminuir o uso de combustíveis fósseis. Afinal, esses combustíveis são os grandes responsáveis pela emissão de CO2 na atmosfera, que causa o efeito estufa e o aquecimento global. Como solução, houve um aumento no investimento e uso de fontes renováveis, como hídrica, eólica e solar.

O Brasil é um país privilegiado quando o assunto é disponibilidade de fontes renováveis. Atualmente, a matriz energética brasileira já é representada em quase 50% por esse tipo de fonte. Porém, o gás natural liquefeito é o combustível mais acessível de transição não só do país quanto do mundo todo.

Mesmo que o objetivo final seja a descarbonização da matriz energética, muitos países utilizam o GNL como a fonte de transição. Sua flexibilidade, facilidade de penetração, grande disponibilidade e o custo competitivo faz com que essa matriz se torne uma fonte de transição, consolidando-se como uma fonte fundamental do mercado global nos próximos 10 a 20 anos. Tanto a China quanto os Estados Unidos já obtiveram reduções importantes com essa mudança.

Até 2040, a geração de energia a gás natural no Brasil chagará a 20 GW, representando 15% da matriz energética. Mas vale ressaltar que de nada adianta atrair investidores se o mercado consumidor não estiver aquecido. Nos últimos anos, a demanda por GNL diminuiu por causa de uma estabilidade energética no país. Portanto, é necessário aumentar a concorrência e reduzir valores para que seja viável que o mercado seja impulsionado.

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