O uso dos combustíveis fósseis na geração de energia

uso dos combustíveis fósseis na geração de energia

Em 2020, o uso de combustíveis fósseis para geração de energia foi menor do que nos últimos anos, reduzindo as emissões de CO2 em 7%.

Não é nenhuma novidade para o mercado energético que o uso dos combustíveis fósseis precisa diminuir, devido aos danos que essa exploração causa para o meio ambiente. Há 200 anos, com a Revolução Industrial, o uso desse tipo de combustível, principalmente, do carvão mineral se desenvolveu e desde então o futuro do planeta é incerto.

As emissões globais de CO2 eram de 2 bilhões de toneladas em 1900, chegando a 25 bilhões de toneladas no ano 2000 e atingindo a marca 55 bilhões de toneladas em 2020. Com um aumento tão grande e tão rápido, as consequências são o efeito estufa, o aquecimento global e outras mudanças secundárias.

Assim, é urgente que o uso dos combustíveis fósseis seja diminuído na geração de energia e muitos países já caminham para essa transição energética. Entenda melhor!

Quais as implicações do uso dos combustíveis não-renováveis na geração de energia?

A forma como é gerada energia no mundo está prestes a mudar drasticamente. Segundo a projeção da Bloomberg New Energy Finance, em menos de uma década a demanda em constante expansão irá cessar, fazendo com que o mercado todo passe por mudanças. Ou seja, estamos caminhando para o fim de uma era de combustíveis fósseis.

De acordo com o estudo da Risky Bet da Natural Resource Governance Institute, as empresas petrolíferas estatais do mundo todo podem ter perdas de aproximadamente US$400 bilhões em investimentos ainda nesta década. Por isso, especialistas afirmam que o uso desse tipo de combustível está chegando ao seu pico.

A mudança desse cenário deve-se a diversos fatores: primeiramente, outras fontes mais baratas e, por vezes, renováveis estão surgindo, como a energia solar. Nesse caso, está havendo uma migração para essas fontes, como é o caso da China que está optando por essa energia sustentável.

O segundo fator é que essa é uma fonte finita. Assim, mesmo que ela não gerasse tantos impactos negativos, em algum momento, ela acabaria. Por fim, ela é extremamente danosa ao planeta e tem causado mudanças no clima, agricultura, qualidade do ar e aumento de temperatura. Portanto, era apenas uma questão de tempo para que uma transição energética começasse.

Como a pandemia acelerou o declínio do uso dos combustíveis fósseis?

Na Europa, o uso de fontes renováveis superou o de combustíveis fósseis no ano de 2020. Parte dessa mudança, deve-se à pandemia. O cenário de 2020 não apenas trouxe queda nas emissões globais de CO2, como reduziu a parcela de energia gerada pela queima de carvão.

Segundo um estudo realizado por economistas de Berlim, o motivo é bem simples. A queda da demanda por energia faz com que as usinas de carvão sejam as primeiras a parar. O processo de queima de combustíveis tem altos custos de produção. Afinal, cada usina precisa ter toneladas de carvão disponíveis para gerar energia. Contudo, essa matéria-prima é paga pelos usuários.

Em países como a Índia e os Estados Unidos a demanda mensal de energia caiu 20% em 2020. Portanto, se a demanda diminui, há um déficit na relação. No caso das fontes renováveis, seus custos operacionais são pequenos e não variam com a queda de demanda brusca, como o que ocorreu com a pandemia.

Estudos ainda apontam que as energias renováveis podem ser fontes importantes para a retomada econômica mundial. Com incentivos governamentais para esse setor, é possível estimular a competitividade no mercado e gerar empregos. Até 2030, a energia eólica e solar serão as formas mais baratas de produzir eletricidade na maioria dos países.

Assim, podemos concluir que investir em combustíveis fósseis não é apenas ambientalmente irresponsável, mas também economicamente muito arriscado. Se você gostou do nosso conteúdo e quer entender por que as fontes de energias renováveis ainda são pouco exploradas no Brasil, acesse o nosso artigo e leia.