A economia Net Zero é um modelo sustentável que vem ganhando relevância no mercado da construção em todo o mundo. Veja o que é e como vem sendo utilizada!
Imaginar uma realidade em que não seja preciso pagar uma conta de luz ou de água parece algo irreal ou futurista, não é mesmo? Mas saiba que essa é a proposta da economia Net Zero e que em alguns casos isso já é possível.
Essa é uma das tendências de sustentabilidade, que também auxilia na redução de emissão de gás carbônico no planeta, e que já vem sendo adotada por parte da construção civil nas edificações.
O que é a economia Net Zero?
A economia Net Zero é derivada de um movimento criado anteriormente, chamado Net Zero Carbono. O conceito Net ou Rede é utilizado para conectar edificações aos fornecedores de energia. Ou seja, não há conexão com a rede ( Net Zero), portanto, as edificações são autossustentáveis.
Uma edificação Net Zero ou Zero Energy Building faz parte de uma proposta do ramo da arquitetura e construção civil que tem ganhado destaque em países, como Estados Unidos, Europa e Ásia. O segmento imobiliário vem buscando mudanças nos modelos de construção, visto que a sociedade tem mudado seus hábitos, buscando usos mais conscientes dos espaços habitados.
Nesse modelo, as instalações dos sistemas utilizam energia de fontes naturais, criando residências 100% autossustentáveis. Os edifícios inteligentes e eficientes conseguem gerar energia e água para os moradores. Embora esse modelo tenha surgido em edifícios, a economia Net Zero tem se espalhado por outros segmentos do mercado, tornando-se cada vez mais acessível e economicamente atrativo, inclusive para residências.
Além de ajudar o meio ambiente, esse modelo traz praticidade para a edificação, tornando-a independente da rede pública; ele também promove uma economia consciente reduzindo e reutilizando os recursos naturais, traz conforto térmico, pois os projetos são pensados da melhor maneira para utilizar a iluminação natural e outros recursos e, o por fim, valoriza o imóvel.
Qual o futuro desse modelo?
Segundo o movimento Architecture 2030 , os desafios propostos são que até 2030 todas as novas edificações construídas sejam Net Zero carbono e até 2050 todas as edificações existentes operem nesse modelo para diminuir a poluição de CO2 e metano. No Brasil, esse movimento começou a ganhar força nos últimos cinco anos com o aumento de usuários abastecidos por microgeração de energia fotovoltaica. Além da energia solar, também é possível ser Net Zero com um sistema de geração eólica, utilizando microturbinas ou até uma usina de biomassa no caso de empresas e fábricas.
Além de edifícios e residências, a economia Net Zero já alcançou algumas indústrias, como a JBS. Em março de 2021, o CEO Global da marca, que é a segunda maior empresa de alimentos do mundo e líder no setor de proteína, apresentou a meta de se tornar Net Zero até 2040. O projeto será dividido em 3 escopos, mas o CEO garantiu que a meta inclui toda a empresa, desde as emissões indiretas provenientes de geração de energia para a companhia até produtores agrícolas e fornecedores.
Para aqueles que acreditam que a economia Net Zero está distante, é possível propor mudanças desde agora. Por exemplo, em uma edificação, se houver mudanças para melhorar a eficiência energética do prédio, como troca de lâmpadas, pequenas reformas e alterações, posteriormente, o custo de instalação de um sistema fotovoltaico será menor.
Ou seja, pequenas alterações em ambientes já construídos podem diminuir os custos do investimento. Se no passado um prédio nesse modelo poderia elevar o custo da obra em até 15%, hoje em dia, a porcentagem já caiu para 6%.
Portanto, a economia Net Zero traz diversas vantagens para os usuários, sociedade e meio ambiente. Se você gostou desse conteúdo e quer conferir outras dicas, siga-nos nas redes sociais e não perca nenhuma novidade.
